Relembre alguns relatos clássicos de aparecimento de disco voadores
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| Imagem atribuída a um disco voador |
Envolta em mistérios, a ufologia é o estudo dos objetos voadores não
identificados, denominados Ovnis, e inclui, entre outras atividades, a
análise de seus registros visuais e de possíveis evidências físicas. Mas
por que quando os UFOs (unidentified flying object, sigla em
inglês para Ovni) são citados, a primeira ideia que vem á cabeça é a de
uma nave em formato de disco voador? No caso de alienígenas, a que se
deve a imagem de um ser franzino, com cabeça desproporcional ao corpo e
os olhos esbugalhados?
Seriam realmente esses os padrões de Ovnis e de extraterrestres de que se tem conhecimento, ou são mitos que se repetiram ao longo dos anos?
Com mais de cinco livros publicados na área, o ufólogo Marco Antônio
Petit, que é coeditor da revista UFO, explica que esses modelos criados
retratam apenas algumas das formas de nave e de seres alienígenas
estudadas pela ufologia. “A origem desse modelo de extraterrestre, um
dos mais relatados, se firmou como padrão, pois é a forma mais distante
da humana”, justifica Petit.
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| Marco Antônio Petit |
Fazendo um resgate histórico, o ufólogo destaca que as formas pintadas
por povos antigos em cavernas da Espanha, da França e do Brasil, mais
especificamente, em Minas Gerais, datam de 20 mil anos e descreviam esse
modelo de nave e de tripulantes. “Além disso, há fósseis de mais de 60
milhões de anos com pegadas de pés calçados, descobertas nos EUA, Peru e
no deserto do Gobi, no Norte da China e Sul da Mongólia. Em outras
partes do mundo, já se descobriram objetos metálicos com certo grau de
tecnologia em camadas geológicas de milhares de anos”, ressalta o
especialista.
Sobre a forma discoide das aeronaves, Petit lembra que esta é apenas
uma das apresentadas pelo estudo da ufologia. “A forma esférica é tão ou
mais comum do que a discoide. Outros formatos muito descritos são a de
charuto, ou a de ovo. No Brasil, é mais comum chamar as naves de disco
voador. Já na Espanha é prato voador e nos EUA o termo mais comum é
pires voador”, afirma.
Conheça alguns relatos clássicos de aparição de Ovnis
Sendo um dos ativistas da campanha “UFO liberdade de informação”, Petit luta para que sejam liberados pelas autoridades os documentos pertinentes à aparição de Ovnis no espaço aéreo brasileiro. De acordo com ele, são casos que envolveram militares, tanto no passado, quanto no presente. “A campanha já liberou mais de três mil laudos sigilosos. A partir de uma lei de maio de 2005, as forças armadas estão começando a divulgar alguns documentos a que só tínhamos aceso no passado por meio de vazamentos”, conta Petit.
Um dos casos emblemáticos da ufologia aconteceu nos EUA, em 1947.
Existe o relato da queda de um Ovni próximo à base militar da Força
Aérea do Exército Americano, localizada no Novo México, na região de
Roswel no dia 3 de julho. “No dia 8 de julho, pela primeira vez na
história, uma base militar assumia publicamente, por meio de uma nota
oficial, ter recolhido em um rancho próximo fragmentos de um pires
voador. Entretanto, a notícia só durou seis horas, já que o exército
americano resolveu acobertar o fato, alegando se tratar de um balão
meteorológico”, conta o ufólogo.
No Brasil, um dos eventos que gerou grande repercussão, envolvendo a
aeronáutica, foi o caso da aparição de 21 Ovnis próximo à base militar
de São José dos Campos, município do interior do estado de São Paulo. No
dia 19 de maio de 1986, vários Ovnis, de tamanhos diferentes, foram
avistados por militares na região, sendo também detectados pelo Centro
Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo.
“O número de objetos começou a aumentar, ocorrendo também aparições no
estado de Goiás. Em determinado momento, esses objetos começaram a gerar
um risco para a aviação no estado de São Paulo devido à velocidade e
agilidade. Isso fez com que o Núcleo do Comando de Defesa do Espaço
Aéreo Brasileiro da Força Aérea Brasileira (FAB) determinasse que três
caças F5 levantassem voo da base de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, e
três Mirage da base da Anápolis, em Goiás. Na ocasião, ocorreu contato
visual e de radar com um dos nossos aviões, que acabou sendo acompanhado
bem de perto por 13 Ovnis”, conta Petit.
Um caso de grande repercussão também foi o do voo 169, da Vasp. No dia
08 de fevereiro de 1982, o Boeing 727 da companhia, que ia de Fortaleza
para o Rio de Janeiro, com destino final em São Paulo, teve parte do seu
trajeto acompanhando por um Ovni.
“Na ocasião, o comandante Gerson Maciel de Brito alertou o Centro
Integrado de Defesa
Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) sobre o
avistamento de um objeto luminoso.
No primeiro momento, foi negada a
presença de qualquer outra aeronave próxima. Mesmo assim, em vários
momentos o comandante entrou em contato com as autoridades, até mesmo
por questões de segurança do voo. Quando o Boeing estava sob Belo
Horizonte, em Minas Gerais, o objeto se aproximou muito. Neste momento, o
Cindacta entrou em contato com a cabine de voo dizendo que havia
identificado um objeto há 15km. Depois disso, o objeto se afastou do
avião, que pousou em segurança no Rio de Janeiro”, revela.


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